segunda-feira, 26 de julho de 2010

O Fruto de Lockheed Martin


. Esse poema sai da temática relacionada à sexualidade dos dois anterios, e trata da hegemonia bélica dos Estados Unidos. O nome do poema e o desenho em forma de míssel se referem à Lockheed Martin, empresa que fabrica boa parte dos caças norte-americanos e tem 95% de sua produção adquirida pelo Departamento de Defesa dos EUA. As cores e as siglas em português "EUA" e inglês "USA" também remetem ao país, formando uma frase que pode ser lida também no sentido convencional, percorrendo o olhar para a esquerda e para baixo: EUA ERRA, GENTE, TERRA, URRA, USA GUERRA. Mais uma poesia de meados de 2007, do mesmo lote das postadas aqui. Não sei porquê, mas só resolvi publicá-las agora.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

CUNNILINGUS





Esse é o complemento do poema anterior. O cunilíngua, momento em que o homem faz sexo oral em sua parceira. A estrura se organiza em torno da "vulva viva", que remete à vagina. No púbis, podemos ler diversas palavras, frases e idéias, basta ter um pouco de maldade e imaginação. Os lábios são as sílabas que estão em torno da vulva. Cabe ao leitor percorrer o poema-vulva em busca de sensações e significados.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Felacio




Esse foi o meu primeiro poema de inspirações concretistas. Veio do além. Nunca havia me interessado em pesquisar o legado de Decio Pignatari e os irmãos Augusto e Haroldo Campos, até o dia em que passei a tarde toda no Photoshop nessa viagem. Me apaixonei pelo Concretismo e o Blog Poesia Sem Pudores será o canal para que os poemas aconteçam.




FELACIO. Significa, em latim, felação . O "corpo" da esquerda simboliza a figura masculina em pé, formada pelas palavras /gosto/Ele. Note que o /T/ que desponta perpendicularmente do /Ele/ é não só o "Tesão" mas também a representação do falo em si. A figura à esquerda, formada pelas palavras /Ela/gosta/goza, é a figura feminina, e denota os lábios da muleher. /Ele/ e /Ela/ estão um de frente para o outro, /Ela/ envolvendo o falo em seus lábios vermelhos e provocando o /gozo/, que vem em forma de letras soltas e semi-translúcidas, se espalhando na boca feminina. Resumindo, é um ball cat.


Alguns Paradigmas do concretismo, para que possam se entrosar com o Concretismo:


Poesia concreta – Augusto Campos(em Teoria da Poesia Concreta)


- a POESIA CONCRETA assume responsabilidade total perante a linguagem: aceitando o pressuposto do idioma histórico como núcleo indispensável da comunicação, recusa-se a absorver as palavras como meros veículos indiferentes, sem vida, sem personalidade sem história – enfim, como túmulos-tabus, com que a convenção insiste em sepultar a idéia.

- o peta concreto não volta a face às palavras, não lhes lança olhares oblíquos: vai direto ao seu centro, para viver e vivificar sua facticidade

- o poeta concreto vê a palvra em si mesma – campo magnético de possibilidades – como um objeto dinâmico, uma célula viva, um organismo completo, com propriedades psico-físico-químicas, tato antenas circulação coração: viva

- longe de procurar evadir-se da realidade ou iludi-la, a poesia concreta pretende – contra a introspecção autodebilitante e contra o realismo simplista e simplório, situar-se de frente para as coisas, aberta, em posição de realismo absoluto.

- A poesia concreta opõe um novo sentido de estrutura, capaz de, no momento histórico, captar, sem desgaste ou regressão, o cerne da experiência humana poetizável.

- Mallarmé, Joyce, Pound, Cummings e, num segundo plano, Apollinaire e as tentativas experimentais futuristas-dadaístas estão na raiz do novo procedimento poético, que tende a impor-se à organização convencianl cuja unidade formal é o verso(livre inclusive).

- O poema concreto ou ideograma passa a ser um campo relacional de funções.

- O núcleo poético é posto em evidência não mais pelo encadeamento sucessivo e linear de versos, mas por um sistema de relações e equilíbrios entre quaisquer partes do poema.

- Funções-relações gráfico-fonéticas(“fatores de proximidade e semelhança”) e o uso substantivo do espaço como elemento de composição entretêm uma dialética simultânea de olho e fôlego, que, aliada à síntese ideogrâmica do significado, cria uma totalidade sensível, verbicovisual, de modo a justapor palavras e experiência num estreito colamento fenomenológico, antes impossível

- POESIA CONCRETA - TENSÃO DE PALAVRAS-COISAS NO ESPAÇO-TEMPO